Ele fechou os olhos e
procurou no breu, em sua escuridão, um desejo para desejar, um delírio para
saborear, uma ilusão para ressurgir, um botão para apertar.
Ele explorou no fundo do seu
globo ocular uma imagem de registro para seus momentos fúnebres. Não havia.
Sabia que, em algum minúsculo
tempo, num tempo em que seus horizontes expandiram, seus lábios umedeceram, sua
língua calou no palato, existiu um breu produtivo, um sentimento em carne viva
e ele, ali, procurava nas angústias de suas memórias, uma memória para chamar de
sua.
Tolheu o que não servia,
puxou para si redemoinhos de tudo o que girava em sua cabeça fértil e infantil,
e percebeu que, no viver atropelado, nas caricaturas que fez de si, nas
amarelinhas que pulou roubando um quadrado, deixara para trás, o seu melhor.
Ele fechou os olhos e
procurou no breu, em sua escuridão particular, e nada achou ali a não ser
aquela mesma frase que já disse a quem amou um dia: Não acredito em amor.
Foi então que se perdeu. Foi
exatamente ali que se desfez o que nele tinha se feito desde o nascimento.
E agora, fechava os olhos e
procurava no breu. Sua escuridão era densa e balbuciava coisas em sua garganta
rouca.
Olhou para o lado e viu
alguém e disse: Recolha aqui meus cacos, pelo amor de Deus. Mas era o Diabo a olhar
em seus olhos. E ele respondeu: Eu não acredito em amor.
QUE LINDOOOOOOOOO,ACHEI INCRIVEL"!!!!AI JA SOU ROMANTICA,AINDA LEIO ESSAS COISASS AHHAHA!!LINDO TUTY!!
ResponderExcluirBora amar, então!
Excluirbjo
"A consciência de amar e ser amado traz um conforto e riqueza à vida que nada mais consegue trazer." (Oscar Wilde)
ResponderExcluirUm amor correspondido para cada ser...esse seria o ideal!!!
ExcluirObrigada por seguir e comentar. Compartilhe, tá?
bjo
Fantástico! Muito bom, Tuty! Bjs
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